Neste local encontramos registrada toda a opulencia vivida por Pelotas durante o século XIX e início do século XX. Valores e riquezas foram preservados num acervo que conta com peças como: mobiliário, indumentárias, têxteis domésticos, objetos de uso pessoal, objetos decorativos, fotografias e documentos. O acervo é composto por doações da família Antunes Maciel, antiga proprietária da Chácara, de Adail Bento da Costa, artista e colecionador pelotense e doações da comunidade. O Parque está aberto todos os dias, manhã e tarde, com acesso livre. Um pouco da história Construçao: séc. XIX Situadas nas periferias das vilas e cidades, as chácaras representavam uma opçao de moradia para as famílias abastadas, pois reuniam o que havia de melhor entre a vida rural e a urbana da época. Em 1863, o Cel. Aníbal Antunes Maciel adquiriu de Vicente Aurélio Prates essa propriedade para presentear seu filho - Aníbal Antunes Maciel, por ocasiao do casamento deste com Amélia Hartley de Brito (1864), carioca de nascimento e inglesa por descendencia. O jovem casal transferiu-se do Rio de Janeiro para Pelotas e, durante os 23 anos de matrimônio, tratou de melhorar as condiçoes da chácara. Ampliou-a e transformou-a numa construçao de base quadrada, com pátio central, encimada por uma camarinha. Do lado esquerdo e interligada ao Solar, em uma varanda decorada com lambrequins, foi edificado o salao de festas (capela). Nos fundos, foi construída a magnífica torre de banhos (apresenta azulejos europeus e banheira com fundo de mármore). O Solar é uma obra arquitetônica cuja beleza reside na harmoniosa convivencia entre os estilos Neoclássico e Colonial Brasileiro. Ocupa uma área de aproximadamente 7 hectares, e uma construçao de 820m2, com 22 peças e um pátio interno com algibe, que serviu para abastecer de água o Solar. Contornando todo o conjunto, foram cultivados dois jardins: um ao gosto frances (rígido e simétrico pelo desenho dos canteiros, chafariz e elementos decorativos) e um ao gosto ingles (pitoresco, com uma gruta labirintiforme construída com pedras superpostas, com interior em pedras de quartzo, vindas de carroça de Quarai). Na sua cúpula foi gravado o nome da primeira anfitria: Amélia, a Baronesa dos Tres Serros. A água canalizada da gruta forma dois lagos. Sobre estes, pontes rústicas. Também foi erguido um "castelinho" para acolher coelhos e pombos. Aníbal Antunes Maciel ganhou notoriedade pela alforria concedida a seus escravos, em 1884, muito antes da Lei Áurea, fato que o fez ser agraciado com o título de Barao dos Tres Serros, por decreto do Imperador Dom Pedro II. Faleceu tres anos depois, aos 49 anos. A baronesa viúva permaneceu mais alguns anos em Pelotas, transferindo-se definitivamente para o Rio de Janeiro, em 1899. D. Amélia Harthey Antunes Maciel , "Sinhá Amélinha", era conhecida também por sua bondade. Esta grande dama tornou conhecida a Chácara dos Baroes como o Solar da Baronesa. A última moradora foi Déa Antunes Maciel, neta dos baroes. O prédio foi restaurado, e entregue a comunidade Pelotense em 1982 como Museu Municipal Parque da Baronesa. Possui um acervo de mais de mil peças destacando-se uma coleçao de móveis e acessórios pertencentes a família Antunes Maciel e uma coleçao pertencente ao artista plástico Adail Bento Costa, com móveis, leques, porcelanas, pratarias, armários, paramentos, vestes, fardas militares e imagens de madeira.
Av. Domingos de Almeida, 1490 - Areal, Pelotas - RS, 96085-470, Brasil
Horário de Funcionamento: Terça a Sexta - 13:30 as 18:00 / Sábados e Domingos - 14:00 as 18:00
Telefone:
(53)
3228-4606