ATRATIVO

Para os italianos, vida sem amor e religião não é vida. Para os imigrantes que foram chegando nesta região não foi diferente, primeiro construiram suas casas, depois suas Igrejas. Assim foi em todas as povoações da Quarta Colônia, o imigrante ali chegando, dava início ao trabalho, religião e cultura, não foi diferente em São João do Polêsine.

Não temos um documento da fundação da Capela, existem vários depoimentos que testemunham a construção de pau-a-pique (barro) em 1884. O local durante a semana servia de sala de aula para as crianças da comunidade, administradas pelo professor, Giacomo Foletto, e, aos domingos, transformava-se em Capela, onde o povo se reunia para rezar o terço e cultos religiosos.

Em meados de 1905 a 1906, um forte temporal a derrubou, mas em seguida foi construída outra no local, esta de madeira. Foram realizadas diversas missas, no decorrer dos anos, mas não se tem registros encontrados das mesmas.

Só em 1909, encontramos no Livro Tomo número 1 o registro das Escrituras do terreno doado e o requerimento que pede a licença. Em seguida foi lançada a pedra fundamental e iniciaram a construção. A Capela de Madeira permaneceu para as rezas aos domingos enquanto no seu exterior iam subindo as grossas paredes, plantadas no chão, mostrando-se imponentes para desafiar as intempéries do tempo.

O povo, em mutirão colaborou, com os construtores Biazus, Rapcetini e Baldissera todos trabalharam dias, meses e anos para concluí-la e entregá-la a toda a comunidade. Assim foi inaugurada em 1917 com uma grande festa e pompas, foi inaugurada a Capela. Derrubaram a velha e conservando porém a torre de madeira. A Capela passou por uma reforma e uma pintura geral, mas a estrutura permanece a de 1917.

A torre veio a cair, e precisava-se construir outra e colocar os sinos para que o povo pudesse, novamente, ouvir os sons das suas badaladas. Em 1937 o professor Guido Carlos Pasini desenhou uma nova Torre, contratou os pedreiros Vicente Vendrame, Albino Guarienti para liderar, e outros sob a chefia de Sr. Augusto Sppat. Convocou toda a comunidade para um mutirão, e em 1941 a Torre foi concluída, graças ao árduo trabalho e dedicação dos pedreiros e da comunidade unida.